Primavera começa nesta quarta-feira sem chuvas e com grande amplitude térmica
Criado em 21/09/2021 13:57
Estação será influenciada pelo fenômeno climático La Niña
A primavera começa às 16h21 desta quarta-feira - 22 de setembro - e termina em 21 de dezembro às 12h59. Segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação será parcialmente nublado nas regiões Oeste, Noroeste, Norte, Norte Pioneiro, Sul, Sudoeste, Litoral e Região Metropolitana de Curitiba. As temperaturas devem variar entre 6 ºC em Agudos do Sul, Piên e Rio Negro e 33 ºC em Umuarama. Nas áreas próximas da divisa com Santa Catarina, nos Campos Gerais, no Litoral e na Capital, as temperaturas máximas ficam entre 17 ºC e 20 ºC.
“Para os próximos meses estão previstas variações bruscas da temperatura do ar em curtos períodos devido à passagem de frentes frias sobre o Paraná”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. De modo geral, nos períodos secos, o rápido aquecimento diurno formará ondas de calor, sobretudo nas faixas Norte e Oeste. Além disso, massas de ar frio e sistemas de precipitação deslocando-se lentamente nas proximidades da Costa Sul do Brasil manterão as temperaturas amenas na Região Leste, entre Curitiba e as praias. No litoral, a temperatura média do ar e o regime de chuvas seguirão os padrões climatológicos da estação. Nas demais regiões, a temperatura média do ar tende a ficar entre próxima e acima da média. Já as chuvas devem manter-se abaixo da normal climatológica.
LA NIÑA – O conjunto dos modelos climáticos indica a probabilidade elevada de ocorrência do fenômeno La Niña nas águas do Oceano Pacífico Equatorial ao longo da primavera. O resfriamento da temperatura da superfície das águas altera os padrões globais de chuvas e temperaturas.
O meteorologista observa que o aumento gradual do volume de chuvas e das temperaturas médias são próprios da estação: “Aglomerados de nuvens de tempestade denominados Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) costumam formar-se na região do Paraguai ou no próprio território paranaense”, explica. Os maiores valores de temperaturas mínimas e máximas ocorrem habitualmente nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral. Já as chuvas são causadas pelas frentes frias e/ou quentes e outros sistemas de curta duração que se desenvolvem em função das altas temperaturas e da maior quantidade de umidade no ar no Estado e em áreas próximas, como Paraguai, norte da Argentina e estados vizinhos.
Por ser uma estação de transição entre os regimes climáticos do inverno e do verão, a primavera favorece eventos meteorológicos severos como fortes rajadas de ventos, granizo, chuvas volumosas e grande quantidade de raios, que só podem ser detectados em curto prazo. O Simepar faz o monitoramento sistemático das condições do tempo e emite alertas com antecedência de poucas horas, possibilitando a adoção de medidas de prevenção e mitigação dos efeitos na sociedade. Para receber esses alertas no celular, os interessados podem cadastrar-se na Defesa Civil Estadual enviando uma mensagem para o número 40199 com o número do seu CEP (Código de Endereçamento Postal).
AGROMETEOROLOGIA – A agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Heverly Morais, alerta para os impactos da crise hídrica e dos eventos meteorológicos extremos sobre a agricultura e a pecuária no contexto das altas temperaturas previstas para a primavera.
“As grandes culturas como soja, milho e feijão podem sofrer atraso na semeadura, germinação desuniforme da lavoura, crescimento inadequado das plantas e mau desenvolvimento dos grãos”, afirma. Ela recomenda ao produtor escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes, manter o equilíbrio nutricional das plantas, utilizar sementes de boa qualidade, bem como não empregar população superior à indicada. Para melhorar a estrutura do solo e o armazenamento da água no sistema, sugere o cultivo e a incorporação de plantas de cobertura em sistema de plantio direto. “Essa técnica melhora os atributos físicos e químicos do solo, favorece o aumento de infiltração da água, aprofunda as raízes da cultura, reduz a temperatura e a evaporação do solo e mantém a água disponível para as plantas em períodos de estiagem fraca e moderada”, explica a pesquisadora.
Culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas correm alto risco de serem prejudicadas pela má distribuição das chuvas ao longo da estação. Além disso, as altas temperaturas podem afetar as hortaliças, sobretudo as folhosas. As olerícolas precisarão de muita água de irrigação – um desafio diante dos baixos níveis dos mananciais como rios, riachos, lagos e nascentes.
TABELA - Valores das médias mensais históricas da faixa de variação da chuva, temperaturas mínimas e máximas por região do Paraná nos meses de outubro, novembro e dezembro
Entrevistas: Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br - Meteorologista Reinaldo Kneib
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18/6/21
Simepar prevê inverno com ondas de ar frio e seco, pouca chuva, muito nevoeiro e alguns veranicos
Geadas devem ocorrer nas regiões mais altas do Paraná ao longo da estação
O inverno começa às 0h32 desta segunda-feira - 21 de junho - e termina à 16h21 do dia 22 de setembro. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), no primeiro dia o tempo fica parcialmente nublado nas regiões Norte e Noroeste. Chuvas ocorrem a partir da tarde no Litoral, na Capital e nas regiões Central, Sul, Oeste e Sudoeste. O dia deve ser ensolarado no Norte Pioneiro e nublado em Guaíra e Campos Gerais. A temperatura mínima prevista é de 8 ºC em União da Vitória. A máxima deve atingir 26 ºC em Paranavaí e Jacarezinho.
“Para este inverno são esperadas ondas de ar frio e seco”, observa o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. Serão frequentes episódios de frio intenso por vários dias consecutivos, incluindo a formação de geada. Podem ocorrer alguns veranicos, períodos de tempo seco e quente mais frequentes a partir da segunda quinzena de agosto. O cenário climático indica que o volume de chuva ficará entre próximo e abaixo da normalidade, à exceção da Região Litorânea, que estará dentro do habitual. A temperatura média deve seguir o padrão típico da estação, exceto nos extremos Oeste e Norte: “Na fronteira com o Paraguai e nas divisas com Mato Grosso do Sul e São Paulo, as temperaturas devem variar de próximas a ligeiramente acima da normal climatológica”, afirma o meteorologista.
Os fenômenos El Niño e La Niña não se manifestam neste inverno. Após influenciar o clima nos últimos meses no Paraná, La Niña dissipou-se sobre o Oceano Pacífico Equatorial. Alguns modelos meteorológicos preveem um repique com fraca intensidade na primavera e no início do verão.
CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO – Julho e agosto são os meses mais secos no Paraná. A partir da segunda quinzena de setembro, começam as alterações no regime de chuvas típico de inverno, com o desenvolvimento de áreas de instabilidade causado pelo aquecimento mais acentuado da atmosfera entre o Centro-Oeste brasileiro e o Paraguai. A estação caracteriza-se ainda pelo ingresso de massas de ar frio e seco no território paranaense, causando quedas bruscas nas temperaturas num intervalo entre 24 e 48 horas. Associado a massas de ar de origem polar, o frio intenso favorece a formação de geadas em boa parte do Estado. Também é comum a ocorrência de nevoeiro.
AGROMETEOROLOGIA – Segundo a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar - Emater (IDR Paraná), Heverly Morais, “são sensíveis às baixas temperaturas e vulneráveis às geadas as mudas em viveiros e as lavouras de café com até dois anos, bem como as frutíferas tropicais recém-plantadas e as hortaliças, que têm ciclo curto”. Embora o cultivo dos cereais de inverno esteja sendo favorecido pelas condições meteorológicas, a estiagem do outono prejudicou as lavouras de trigo e cevada semeadas em abril. “O desenvolvimento normal dessas plantações pode ser afetado em caso de geadas tardias durante as fases de florescimento e espigamento”, explica a pesquisadora. A seca deve causar perdas na produtividade do milho safrinha, a ser colhida em julho.
ALERTA GEADA – Em caso de geada prevista com impacto em culturas sensíveis a baixas temperaturas, o IDR Paraná orienta os agricultores a adotarem medidas para prevenir ou reduzir danos às lavouras. O risco climático é observado nas regiões mais altas do Estado: Sul, Centro-Sul, Centro, Campos Gerais e Sul da Região Metropolitana de Curitiba.
Até o final do inverno, o Simepar emite as previsões para todas as regiões por categorias de intensidade – fraca, moderada ou forte - com antecedência de 72, 48 e 24 horas. O serviço Alerta Geada tem espaço dedicado na página www.simepar.br e envia mensagens a usuários cadastrados por meio do aplicativo WhatsApp. Interessados devem inserir o número (43) 3376-2248 nos contatos e enviar a seguinte mensagem: “Quero receber o Alerta Geada”.
Entrevistas: meteorologista Reinaldo Kneib - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br
TABELA - Valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperaturas mínimas e máximas para cada região do Paraná nos meses de julho, agosto e setembro.
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20/4/21
Simepar faz monitoramento inteligente das águas com tecnologia IoT
Simepar faz monitoramento inteligente das águas com tecnologia IoT
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) começa a utilizar a plataforma Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) para acompanhar e avaliar a qualidade das águas. Para tanto, planeja modernizar e ampliar a sua rede automatizada de estações hidrometeorológicas, que coletam os dados da natureza com transmissão em tempo real à sua central de operações.
“Estamos na fronteira de uma ruptura tecnológica que impactará fortemente a maneira como a natureza será analisada e protegida. Com o monitoramento ambiental inteligente e o massivo volume de informações obtidas, o próprio ambiente - uma bacia ou floresta - se torna inteligente e poderá nos contar o que acontece, nos alertar de problemas e indicar antecipadamente o curso de ações para sua proteção”, explica o diretor presidente do Simepar, Eduardo Alvim Leite.
O projeto ocorre no contexto de mudança do cenário tecnológico por meio da inteligência artificial, que viabiliza a conectividade digital entre dispositivos e objetos de modo a maximizar a eficácia. Segundo o engenheiro eletricista da Coordenação de Infraestrutura do Simepar, Moisés Fernandes de Souza, “o monitoramento ambiental inteligente reduz custos, amplia a quantidade e a precisão dos dados, possibilita a transmissão imediata e facilita a integração das informações, aumentando a eficiência do processo”. Um exemplo é o alerta de evento meteorológico severo, que poderá indicar com mais precisão as áreas a serem afetadas por uma tempestade, um alagamento, descargas atmosféricas ou uma ressaca, disparando sirenes localizadas.
ECONOMICIDADE - O novo processo tem uma relação custo-benefício muito vantajosa, favorecendo a economicidade. O custo dos equipamentos baseados em sistemas IoT fica em torno de um décimo do processo tradicional. Por sua vez, o banco de dados (Big Data) aumenta de forma exponencial em quantidade e qualidade, com armazenamento em nuvem.
A inovação favorece o desenvolvimento de produtos com aplicações específicas, ampliando a gama de serviços prestados pelo Simepar à sociedade e aos seus clientes. Entre os setores a serem beneficiados estão a construção civil, refinarias, energia elétrica, meio ambiente, agronegócio, produção de eventos, pesquisa científica, defesa civil e gestão pública municipal de cidades inteligentes (smart cities) de modo geral.
“A tecnologia é uma grande aliada do meio ambiente. Estamos passando por momentos críticos e o suporte tecnológico do Simepar nos traz respostas mais assertivas nas ações a serem realizadas”, ressalta o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
PROJETO PILOTO – O primeiro protótipo foi instalado há um ano no campus do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná onde fica a sede do Simepar, em Curitiba. Outro equipamento foi testado em Ponta Grossa, numa área mais afastada do centro urbano.
Atualmente, o Simepar desenvolve um projeto piloto do monitoramento inteligente da água numa barragem localizada no rio Teles Pires, no Mato Grosso. Cinco estações IoT monitoram a temperatura da água, condutividade, turbidez, oxigênio dissolvido e total de gases dissolvidos, entre outras variáveis, com transmissão dos dados a cada minuto. Está em desenvolvimento outro projeto para coletar imagens de barragens e monitorar a rede de rios e reservatórios de quatro estações de água nos arredores de Curitiba.
“Os avanços em tecnologias de baixo consumo de energia associadas à conectividade em grandes distâncias – como LoRa, Sigfox e NB-IoT - permitem que as coisas sejam identificadas, detectadas e controladas remotamente”, observa o analista de suporte em tecnologia da informação do Simepar, Luiz Fernando Grodzki. O hardware para processamento dos dados foi desenvolvido no próprio Simepar, com base customizada. A nova rede será composta por 50 estações com dois sensores e deve estar completa até dezembro de 2021.
IMAGEM - Estação do Simepar baseada na plataforma IoT (Internet das Coisas), instalada no rio Teles Pires, no Mato Grosso, para monitoramento da qualidade da água
Crédito: Marcelo Aurélio Dombek (Simepar)
Entrevistas: Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br Veja mais ...
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19/3/21
A irregularidade no padrão da chuva continua no outono de 2021
Outono começa abafado e parcialmente nublado com chuva à tarde
Estação terá períodos prolongados sem chuva
O outono começa às 6h38 deste sábado - 20 de março - e termina à 0h32 do dia 21 de junho. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), no primeiro dia o tempo fica abafado e parcialmente nublado com chuva à tarde em todas as regiões. A temperatura mínima prevista é de 16 ºC em Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Guarapuava, Rio Negro e na Capital. A máxima deve atingir 33 ºC em Foz do Iguaçu.
“O fenômeno climático La Niña segue atuando sobre as águas do Oceano Pacífico Equatorial, influenciando o clima no Paraná, mas perde força e tende a dissipar-se até o final da estação”, observa o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. O cenário climático indica redução gradual do volume de chuva, que deve ficar abaixo da normalidade: “Estão previstos vários períodos prolongados sem chuva”, informa Kneib. Os principais eventos chuvosos serão causados por frentes frias.
No decorrer da estação, as manhãs e noites se tornam mais frias enquanto as tardes seguem quentes. A partir de maio, ondas de ar frio e seco serão mais frequentes e intensas, provocando expressivo declínio da temperatura do ar. Segundo o meteorologista, “haverá alguns dias muito frios intercalados com períodos de calor”.
Os veranicos, os nevoeiros e as geadas são fenômenos típicos da estação no Paraná, com intensidade e duração variáveis conforme o padrão climático predominante em cada região.
AGROMETEOROLOGIA – Segundo a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR Paraná), Heverly Morais, o cultivo do milho safrinha será desafiador, pois a semeadura está atrasada devido à estiagem do ano anterior. “A cultura estará nos estágios de floração e início da frutificação, com os grãos leitosos, suscetíveis a danos por geadas e restrição de água e radiação solar”, explica. A situação é mais favorável para a cultura do trigo, bastante tolerante aos veranicos e episódios de frio intenso. As geadas moderadas e severas podem causar danos graves às plantações de café e hortaliças.
ALERTA GEADA – O serviço Alerta Geada entra em operação na primeira semana de maio e segue até o final do inverno. O Simepar emite as previsões de geada para todas as regiões do Paraná por categorias de intensidade – fraca, moderada ou forte - com antecedência de 72, 48 e 24 horas. Mensagens são disseminadas por celular e e-mail para usuários cadastrados, bem como nas redes sociais e veículos de comunicação.
Em caso de geada prevista com impacto em culturas sensíveis a baixas temperaturas, o IDR Paraná orienta os agricultores a adotarem medidas para evitar ou reduzir danos às lavouras. Segundo Heverly Morais, neste ano o serviço será estendido à cultura da maçã, em sua maioria localizada no sul do Estado.
TABELA - Valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperatura mínima e temperatura máxima para cada região do Paraná nos meses de abril, maio e junho
Entrevistas: meteorologista Reinaldo Kneib - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br Veja mais ...
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18/12/20
A La Niña ainda domina o verão, mas a estação poderá ajudar a diminuir o déficit hídrico no Paraná
Verão chega nesta segunda-feira com tempo instável, prevê o Simepar
O verão começa às 07h02 desta segunda-feira - 21 de dezembro – e termina às 06h38 de 20 de março de 2021. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a previsão para o primeiro dia é de tempo instável, parcialmente nublado com pancadas de chuva em quase todo o Estado, exceto na região de Pato Branco onde fica firme. A temperatura mais baixa prevista é de 16 ºC em União da Vitória, Pato Branco e Laranjeiras do Sul. A mais alta deve ser registrada em Jacarezinho: 34 ºC.
“Presente na primavera, o fenômeno climático La Niña continuará ativo, com intensidade fraca a moderada, perdendo força no final do verão”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. Além disso, uma bolha de água mais quente se forma na Costa Sul do Brasil, Uruguai e Argentina, com tendência a diminuir em fevereiro. “O cenário climático global indica temperatura média do ar próxima à normal climatológica, porém estão previstos dias consecutivos de altas temperaturas, que podem causar desconforto térmico”, informa.
A ocorrência de chuvas ficará entre ligeiramente abaixo e próxima à média climatológica em todas as regiões, mantendo-se a distribuição espacial e temporal irregular verificada nos últimos meses. São previstos vários dias consecutivos de tempo seco e muito quente. A severidade e a localização das tempestades típicas da estação só podem ser verificadas em curto ou curtíssimo prazo. “Apesar da previsão de chuvas mais frequentes do que as registradas na primavera, o panorama para o primeiro trimestre de 2021 é de recuperação lenta dos níveis dos reservatórios de abastecimento de água no Paraná”, observa Kneib.
Historicamente, o verão é a estação mais chuvosa no Paraná. Em todas as regiões são comuns as chuvas intensas, pontuais, de curta duração e com muitos raios, frequentemente acompanhadas de vendavais e granizo. A causa está na associação entre sistemas atmosféricos de mesoescala – tempestades isoladas, linhas de instabilidade e aglomerados de nuvens convectivas -, aquecimento diurno mais intenso e aumento da umidade do ar. As temperaturas mais altas geralmente são verificadas nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral.
DESASTRES NATURAIS – Durante o verão, a Defesa Civil Estadual estará atenta em tempo integral a situações meteorológicas adversas que possam causar desastres. Segundo o tenente Marcos Vidal da Silva Junior, analistas especializados orientam os coordenadores municipais sobre procedimentos preventivos e de apoio a populações afetadas por eventos climáticos severos, especialmente as pessoas mais vulneráveis. Além disso, a Defesa Civil Estadual dispõe de materiais e logística para chegar aos locais afetados, garantindo rápido atendimento.
Com base nas previsões do Simepar, o Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd) dispara alertas às prefeituras e à população. Interessados em receber as mensagens devem enviar por SMS o número do seu CEP para 40199. Mais informações estão disponíveis em www.defesacivil.pr.gov.br/Pagina/Alerta-SMS.
A página da Defesa Civil Estadual também dá dicas de como agir para se proteger em caso de alagamentos, deslizamentos ou vendavais, comuns no verão: http://www.defesacivil.pr.gov.br/servicos/Seguranca/Defesa-Civil/Saber-como-agir-em-caso-de-desastres-ambientais-0GNAl2o8.
AGROMETEOROLOGIA – A pior seca de toda a história paranaense ocorrida neste ano prejudicou a implantação das safras de soja e milho, em alguns casos sendo necessários o replantio e a adequação de cultivares de ciclos mais curtos. Segundo a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Heverly Morais, “a perspectiva de chuvas e temperaturas dentro das médias históricas favorece o desenvolvimento da agricultura neste verão, com boa produtividade, beneficiando a soja, o milho e as frutíferas em geral”. Recomenda-se o cuidado intensivo para com as hortaliças, que podem ser afetadas pelas chuvas fortes e temperaturas elevadas. Após a longa estiagem, a produção da massa verde está sendo recuperada. “A preocupação se volta ao milho safrinha, principal cultura do outono, que teve sua semeadura impactada”, finaliza.
TABELA 1 - Valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperatura mínima e temperatura máxima para cada região do Paraná nos meses de janeiro, fevereiro e março
Região
Janeiro
Fevereiro
Março
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Chuva(mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Litoral
240-420
20,6
30,3
250-390
21,1
30,4
190-400
20,2
29,1
RMC
130-210
16,2
25,9
110-160
16,7
26,2
100-155
15,7
25,0
Centro
140-230
16,5
26,9
120-190
16,6
26,4
105-200
15,5
25,9
Sul
150-230
16,6
27,4
150-210
16,8
27,3
105-180
15,8
26,3
Sudoeste
130-230
18,0
29,0
150-220
18,0
28,3
105-165
16,8
27,9
Oeste
120-200
19,0
28,5
120-190
18,9
28,3
100-220
18,2
28,2
Norte
140-230
19,5
29,0
120-190
19,6
29,5
100-175
18,6
29,4
Fonte: Rede Agroclimatológica IDR Paraná
Entrevistas: meteorologista Reinaldo Kneib - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br Veja mais ...
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22/9/20
Sob o signo da La Niña, a chuva ainda será irregular e mal distribuída durante a primavera no Paraná
Influenciada por La Niña, primavera começa ensolarada em quase todo o Paraná
A primavera começa às 10h31 desta terça-feira – 22 de setembro – e termina às 07h02 de 21 de dezembro. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação será ensolarado em quase todo o Estado. O tempo fica nublado apenas em Curitiba e Região Metropolitana, no Norte Pioneiro, nos Campos Gerais e no Sudeste. Há previsão de chuva no litoral. As temperaturas devem variar entre 4 ºC em Rio Negro e 29 ºC em Umuarama, Guaíra e Foz do Iguaçu.Segundo o coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius, “o fenômeno La Niña será o principal drive climático na primavera do Hemisfério Sul, com intensidade variando de fraca a moderada”. Ela provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, alterando os padrões climáticos.No início da estação, as temperaturas apresentam maior amplitude térmica – a diferença entre os valores mínimos e máximos diários – a qual tende a diminuir com a aproximação do verão. A temperatura média do ar deve manter-se próxima ou ligeiramente acima da normal climatológica. Estão previstas grandes variações em períodos curtos, causadas pelo rápido deslocamento de frentes frias e tempestades intensas, características da estação no estado. São esperados períodos prolongados sem chuva semelhantes aos ocorridos no outono e no inverno deste ano. “As chuvas devem aumentar progressivamente, mas os volumes ficarão próximos ou abaixo da normal climatológica, com distribuição espacial muito irregular”, afirma o meteorologista.Os eventos meteorológicos severos - como fortes rajadas de ventos, granizo e muitos raios - só podem ser detectados em curto prazo. Para receberem alertas por SMS, os interessados podem cadastrar-se na Defesa Civil Estadual enviando uma mensagem para o número 40199 com o número do seu CEP (Código de Endereçamento Postal).ESCASSEZ HÍDRICA – O cenário climatológico indica a permanência da crise hídrica no Paraná. O Simepar faz o monitoramento hidrológico, que é o acompanhamento em tempo real das condições das 200 bacias hidrográficas paranaenses. Para tanto, utiliza alta tecnologia: uma rede telemétrica de 120 estações, antenas de recepção de uma constelação de satélites e três radares instalados em Teixeira Soares, Cascavel e Curitiba.Os dados são coletados em medições horárias e sub-horárias das chuvas, temperaturas e vazões dos rios. Na sequência, são integrados e processados por sistemas computacionais, gerando produtos geo-espaciais. Após análise dos dados atuais e históricos, os meteorologistas emitem uma previsão tradicional para até 15 dias e outra climática sazonal, atualizada mensalmente. Além disso, são feitas estatísticas dos quantitativos de chuvas e desvio das médias climatológicas. As informações são compartilhadas no Monitor de Secas do Brasil e na Sala de Crise da Região Sul.INCÊNDIOS – O Simepar também monitora incêndios, queimadas e focos de calor. O Sistema VFogo detecta essas ocorrências em grandes extensões territoriais e áreas específicas. É possível identificar o momento e o local em que o evento teve início, sua evolução, propagação, direção, sentido, intensidade e extinção, bem como o tipo de vegetação - floresta, arbustos, pastagem e agricultura. Os dados são atualizados a cada dez minutos.“Na primavera e no contexto da estiagem, o baixo teor de umidade da vegetação favorece a combustão, a ignição e a propagação de incêndios”, explica o pesquisador e coordenador de Inovação do Simepar, Flavio Deppe. Segundo ele, o VFogo possibilita o lançamento de alertas em tempo quase real.A ferramenta emprega três tecnologias convergentes nas ciências ambientais: sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, processamento de alto volume de dados geo-espaciais em diferentes formatos (Big Data) e modelos matemáticos de análise e aprendizagem gerados a partir de técnicas de inteligência artificial. Combina diversas camadas de informações em interface webgeo com suas típicas funcionalidades, como escala, zoom e pan. As imagens de uma mesma área são apresentadas em diferentes modos de composições. O modo “true color” ou “visível” evidencia a fumaça. O modo “infravermelho” destaca as temperaturas mais altas. Já o modo “fusion” faz uma fusão de ambos para realçar os pontos de fumaça, fuligem e particulados. AGRICULTURA – “A previsão de uma primavera mais seca neste ano devido à influência de La Niña é preocupante para a agricultura”, observa a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Heverly Morais. Segundo ela, as culturas de soja, milho e feijão podem ser impactadas pela estiagem prolongada. Como estratégia de proteção, Morais recomenda escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes. Também sugere começar a semeadura no período adequado, não utilizar população de plantas superior à indicada, plantar sementes de boa qualidade e cultivares adaptadas à região, mantendo o equilíbrio nutricional das plantas.“Como os veranicos são recorrentes durante as safras no Paraná, convém incluir no planejamento agrícola a tecnologia da rotação de cultura com plantas de cobertura em sistema de plantio direto”, afirma. Segundo a pesquisadora, “essa técnica melhora os atributos físico-químicos do solo, favorece o aumento de infiltração de água e aprofunda as raízes, além de reduzir a temperatura e a evaporação em períodos de estiagem fraca ou moderada”.TABELA 1 - Valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperatura mínima e temperatura máxima para cada região do Paraná nos meses de outubro, novembro e dezembro
Região
Outubro
Novembro
Dezembro
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Chuva(mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Litoral
140-180
16,8
25,2
120-200
18,3
27,4
190-280
19,8
29,1
RMC
100-140
12,3
22,0
70-130
13,8
23,8
110-190
15,4
25,2
Centro
140-200
12,9
24,0
100-150
14,3
25,6
130-200
15,8
26,4
Sul
160-210
12,9
24,0
90-140
14,3
25,9
120-170
15,6
26,8
Sudoeste
180-240
14,5
25,6
120-200
16,0
27,4
140-200
17,5
28,5
Oeste
170-230
15,8
26,3
110-190
16,4
26,9
120-180
18,6
28,3
Norte
100-180
16,0
26,3
110-160
17,5
27,8
150-230
18,5
27,9
Fonte: Rede Agroclimatológica IDR Paraná
Entrevistas: Marco Jusevicius - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br Veja mais ...
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28/7/20
Simepar desenvolve aplicação tecnológica para estimar riscos de desligamento de energia elétrica
Simepar desenvolve aplicação tecnológica para estimar riscos de desligamento de energia elétrica
O Simepar - Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná está desenvolvendo um modelo matemático que estimará com antecedência os riscos de desligamentos de energia elétrica causados por eventos meteorológicos severos. Com base em informações de previsão e monitoramento meteorológico de curto e médio prazos, alertas qualificados serão transmitidos à Copel Distribuição em forma de mapa. O processo será automatizado e padronizado. A inteligência de dados integrará informações provenientes do Satélite Goes-16, radares, estações hidrometeorológicas de superfície, detecção de raios e previsões dos modelos numéricos.A metodologia de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) inova ao aplicar o Gerenciamento Ágil de Projeto (GAP), que integra o cliente ao processo de execução. A Copel Distribuição fornece informações e dados relevantes para a pesquisa, acompanha as etapas de execução do projeto, faz testes e avalia os resultados. Também participam da equipe tecnológica pesquisadores do Centro de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CGPDI), Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal de Pelotas e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTec/Inpe). Está prevista a realização de um curso de extensão em meteorologia aplicada ao setor elétrico.
PROJETO ESTRATÉGICO - “Este trabalho de Pesquisa & Desenvolvimento com a Copel se enquadra como projeto estratégico do Simepar, que visa atingir um novo patamar de uso das informações ambientais no setor elétrico em que os dados e as previsões, suas magnitudes e incertezas são combinadas e otimizadas em um sistema de suporte à decisão”, afirma o diretor presidente, Eduardo Alvim Leite.Por sua vez, o coordenador geral do projeto, César Beneti, destaca o aspecto inovador da iniciativa por conectar o alerta do fenômeno meteorológico ao estudo de impacto por ele causado na principal atividade do cliente: “A expertise do Simepar em climatologia paranaense aliada à alta tecnologia de inteligência artificial gerará um produto melhor, que no futuro poderá ser aplicado a outros setores, como a agricultura e a defesa civil”.DESAFIO - Segundo o pesquisador e meteorologista Leonardo Calvetti, o mapa mostrará os locais da rede de energia elétrica mais vulneráveis a raios, ventos e chuvas fortes: “Será possível indicar o vento que poderá influenciar o desligamento e quantas unidades consumidoras estarão em risco”.Para a meteorologista Sheila Paz, “o desafio é gerar um produto de alta resolução, que solucione efetivamente a necessidade da Copel Distribuição de estar preparada para restabelecer o fornecimento de energia elétrica com a maior brevidade possível em caso de um evento meteorológico extremo”. Um exemplo do problema foi o ciclone extratropical que atingiu o Paraná em 30 de junho deste ano quando 1,6 milhão de clientes da Copel ficaram sem energia elétrica. Três mil eletricistas foram a campo para restabelecer a rede.PRECISÃO - “O novo modelo será uma ferramenta muito significativa para aumentar a eficiência e aprimorar a qualidade na prestação de serviços, reagindo às ocorrências com a maior precisão possível, pois toda a infraestrutura da rede costuma ser afetada, inclusive pelos eventos de menor magnitude”, observa o gerente da Divisão de Procedimentos de Operação da Copel Distribuição, engenheiro eletricista Marcos Vinicius de Oliveira Cardoso.Ao receber o alerta qualificado, a Copel Distribuição poderá organizar toda a logística de atendimento, que inclui equipes de eletricistas, técnicos em operação e manutenção, equipamentos, ferramental, materiais e veículos para atuar com agilidade em rompimento de cabos, queda de postes, queima de fusíveis e transformadores, entre outros danos. A empresa tem expectativa de reduzir o indicador DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora da Copel perante a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).O produto de P&D deve estar finalizado em trinta meses. Os resultados serão avaliados continuamente para que o modelo seja calibrado, refinado e ajustado.
FIGURA 1 – Tempestades registradas pelos radares meteorológicos do Simepar associadas ao "ciclone bomba" ocorrido às 16h40 do dia 30 de junho de 2020 no Estado do Paraná - FONTE: Simepar (2020)
FIGURA 2 – Centro de operações Smart Copel - FONTE: Copel (2020) – Daniel Cavalheiro
Entrevistas: Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná - Simepar / Centro Politécnico da UFPR - Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br Veja mais ...
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19/6/20
Simepar prevê inverno com pouca chuva e grandes oscilações de temperaturas em curtos intervalos de tempo
Estação começa neste sábado com sol em todo o Paraná
O inverno começa às 18h44 deste sábado – 20 de junho – e termina às 10h31 de 22 de setembro. Segundo o Simepar, o início da estação será ensolarado em todo o Estado, sem chuvas, com temperaturas amenas pela manhã e altas à tarde. No primeiro dia, variam de 11 ºC em Rio Negro, Ponta Grossa e Telêmaco Borba a 31 ºC em Umuarama.
Segundo o coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius, “neste ano, as massas de ar frio devem ser menos persistentes do que o normal”. Por essa razão, o inverno apresentará grandes oscilações de temperatura em curtos intervalos de tempo. Em todas as regiões, a temperatura média deve ficar próxima ou ligeiramente acima da normal climatológica. Há possibilidade de “veranicos”, com vários dias consecutivos secos e mais quentes do que o habitual para a estação, intercalados com períodos curtos de frio intenso.
A meteorologia espera o predomínio de massas de ar seco por diversas semanas, inibindo a formação de chuva de grande extensão e volume. “As chuvas devem ficar abaixo ou dentro da média histórica, sem chance de recuperação do déficit hídrico observado desde o ano passado”, observa Jusevicius. Para o meteorologista, “mesmo com a ocorrência eventual de episódios volumosos, são esperados períodos mais prolongados sem chuva significativa, indicando que o trimestre será mais seco do que a média climatológica”. Não haverá influência do fenômeno El Niño. Os modelos climáticos indicam tendência de início de um ciclo da La Niña no final do inverno no Hemisfério Sul.
ALERTA GEADA – Eventuais massas de ar polar podem causar geadas neste ano no Paraná nas regiões próximas à divisa com Santa Catarina e na Região Metropolitana de Curitiba. É mínima a possibilidade de ocorrência nas demais regiões.
O Paraná é predisposto a geadas durante o inverno. Esse evento requer a combinação de ar frio e seco, céu limpo, vento fraco, temperatura abaixo de 5 ºC e umidade relativa abaixo de 70%. Durante a noite, cristais de gelo são depositados no solo e nas plantas. No início da manhã, o gelo reflete a luz solar nas superfícies, fenômeno conhecido como geada branca. Quando não há formação de gelo nas superfícies expostas ao ambiente, o fenômeno é denominado geada negra, com potencial de causar danos severos às plantações.
Para orientar os produtores, já está ativo desde maio o serviço gratuito Alerta Geada, que emite previsões com antecedência de 48 e 24 horas, com base em dados da rede de telemetria do Simepar, Satélite Goes-16 e modelos de previsão do tempo. Mantido pelo Simepar e pelo Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, divulga boletins pelo Disque Geada (43) 33914500, nas redes sociais e páginas www.simepar.br e www.iapar.br.
AGRICULTURA – Havendo previsão de geada, as agrometeorologistas Heverly Morais e Angela Ferreira da Costa recomendam a proteção das lavouras de hortaliças, mudas de café em viveiros e plantas com até dois anos, bem como frutíferas tropicais recém-plantadas, como abacate e manga. Também é preciso prevenir danos causados por geadas tardias às plantações de trigo em fase de florescimento e espigamento e frutíferas de clima temperado, como maçã, ameixa, pêssego e nectarina. O tempo seco no início do inverno favorece o bom desenvolvimento das frutíferas temperadas, café, trigo e milho safrinha – estes últimos um tanto impactados pela seca severa ocorrida no outono.
TABELA 1 - Valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperatura mínima e temperatura máxima para cada região do Paraná nos meses de julho, agosto e setembro
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12/5/20
Simepar monitora condição das bacias durante estado de emergência hídrica
Simepar monitora condição das bacias durante estado de emergência hídrica
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), é responsável pelo acompanhamento em tempo real das condições das bacias hidrográficas paranaenses durante o estado de emergência hídrica decretado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, com duração prevista até novembro. A iniciativa inclui o Simepar pela sua expertise em serviços de monitoramento e previsão ambientais.Para realizar esse trabalho, o Simepar conta com alta tecnologia, formada por uma rede telemétrica de 120 estações, antenas de recepção de uma constelação de satélites e três radares instalados em Teixeira Soares, Cascavel e Curitiba. Os dados são coletados em medições horárias e sub-horárias das chuvas, temperaturas e vazões dos rios, em alta resolução. Na sequência, são integrados e processados por sistemas computacionais de alto desempenho, gerando produtos geo-espaciais implementados e calibrados por equipe científica do próprio Simepar. Após análise dos dados atuais e históricos, os meteorologistas emitem uma previsão tradicional para até 15 dias e outra climática sazonal, atualizada mensalmente. Ambas são publicadas na página www.simepar.br. Além disso, são geradas estatísticas dos quantitativos de chuvas e desvio das médias climatológicas para cima ou para baixo, compartilhadas na rede multi-institucional formada pelo Instituto Águas e Terra (IAT), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sanepar e Copel. O Simepar também integra o Monitor de Secas do Brasil e a Sala de Crise da Região Sul organizada pela ANA e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).“O estado de escassez hídrica pelo qual passa o Paraná revela a importância do monitoramento hidrometeorológico, que foi capaz de mensurar a severidade e a evolução do fenômeno e subsidiar a tomada de decisão de decretação da emergência”, afirma o diretor do Simepar, engenheiro Eduardo Alvim Leite, ao destacar o papel relevante do empreendimento na gestão futura da crise. Segundo ele, “a situação também demonstrou a necessidade de ampliação tanto do monitoramento hidrológico nos mananciais de abastecimento público como do conhecimento sobre a disponibilidade e a resiliência hídrica atual e futura de nossas bacias hidrográficas”.CENÁRIO FUTURO DESFAVORÁVEL – Estudos e pesquisas do Simepar indicam um processo de estiagem persistente e progressiva no Paraná nos últimos três meses, que causou significativa perda de umidade do solo e afetou a disponibilidade hídrica das bacias hidrográficas. “A ocorrência de chuvas ficou muito abaixo da média esperada”, explica o engenheiro hidrólogo e pesquisador do Simepar, Arlan Scortegagna. A situação foi mais severa e prolongada nas regiões central e leste e menos intensa no oeste do Estado. Segundo o profissional, a prospecção sugere um cenário futuro desfavorável quanto à recuperação dos mananciais de abastecimento de água: “Se vier a chover conforme as médias históricas, os valores serão insuficientes para que os níveis de vazão dos rios recuperem a normalidade, considerando o déficit acumulado”.O Paraná tem aproximadamente 200 bacias de mananciais. Os efeitos da estiagem variam de acordo com o perfil e as condições de cada bacia, influenciadas por outros fatores além da chuva, tais como evapotranspiração, volume e concentração temporal de precipitação, matriz, uso e conservação do solo. Estão sendo afetadas tanto as grandes bacias, que geram energia elétrica, quanto as pequenas nas quais é feita a captação de água para abastecimento público.Dados da série histórica apontam que a estiagem deste ano se assemelha aos níveis de vazão ocorridos em 2006. No momento, as vazões naturais no rio Iguaçu em União da Vitória são as mais baixas registradas desde 1930, com tendência a redução.
FIGURA 1 – Anomalia mensal de precipitação no Paraná em abril de 2020, indicando a diferença entre as chuvas esperadas (média histórica) e ocorridas em cada regiãoFonte: Simepar
FIGURA 2 – Anomalia trimestral de precipitação no Paraná de fevereiro a
abril de 2020, indicando a memória hidrológica em cada regiãoFonte: Simepar
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5/5/20
Alerta Geada 2020 entra em operação
Alerta Geada 2020 entra em operação
26 anos de apoio ao produtor rural do Paraná
O Alerta Geada começa nesta terça-feira (5) e vai até o fim do inverno em 22 de setembro. Este tradicional serviço de apoio à agricultura do Paraná emite previsões de geada por categorias de intensidade – fraca, moderada ou forte - com antecedência de 72, 48 e 24 horas para todas as regiões do Paraná. Os textos e mapas temáticos são atualizados diariamente na página do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná - Simepar (www.simepar.br).
Para os eventos de geada com previsão de impacto para a agricultura, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater elabora um boletim com sugestão de medidas a serem tomadas pelos agricultores para evitar ou minimizar potenciais danos às lavouras de culturas sensíveis a esta situação meteorológica.
As mensagens são disseminadas por celular e e-mail para usuários cadastrados, bem como nas redes sociais, veículos de comunicação e pelo aplicativo Iapar Clima. Interessados em receber os avisos devem cadastrar-se na página do IDR - Paraná (www.iapar.br) no tópico Agrometeorologia – Alerta Geada.
INVERNO 2020 - Segundo o coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius, o inverno típico no Paraná apresenta poucas chuvas e massas de ar frio mais potentes a partir da segunda quinzena de maio. “As geadas são mais frequentes em junho e julho - quando as temperaturas médias ficam mais baixas", afirma. Em condições normais são registrados de um a quatro eventos por ano, mais concentrados entre o centro e o sul do Estado, podendo atingir o norte. Neste ano, o cenário climático global é de neutralidade, ou seja, nem o El Niño como a La Niña estão presentes no Oceano Pacífico. “Os prognósticos até o momento indicam temperaturas em torno da média e chuvas entre a média e abaixo da média”, observa Jusevicius.
METODOLOGIA - Mantido desde 1995 pelo Simepar e IDR - Paraná, o Alerta Geada tem alto grau de confiabilidade. Diariamente os cenários são montados com o apoio de modelos numéricos de previsão que indicam a tendência de comportamento da temperatura do ar nos próximos dias. As condições do tempo são analisadas com base em dados de temperaturas, pressão atmosférica, ventos e umidade do ar coletados por uma rede de estações telemétricas.
LANÇAMENTO – Neste ano, devido a pandemia de coronavírus, não haverá um evento formal de início da 26a edição do serviço Alerta Geada. As informações estarão disponíveis nos sites do Simepar e do IDR - Paraná para consulta de todos os interessados à partir de 05 de maio.
Fonte para entrevistas: Marco Jusevicius - meteorologista Simepar – marco.jusevicius@simepar.br - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 Veja mais ...